Ao analisar atitudes que
habitualmente são tomadas por indivíduos de distintas sociedades, com diferentes
culturas, independente da época, observa-se que há um fator por trás dessas que
conduz às suas ações: a intolerância.
Foi pela intolerância que Hitler,
em meados do século XX, comandou a morte de milhões de judeus, ciganos,
soviéticos e todos os demais que não se encaixavam no perfil da chamada raça
pura ariana. Da mesma forma, o Apartheid, regime de segregação
racial, foi instituído por quase meio século na África do Sul. E é por não
tolerar o diferente que, ainda nos dias atuais, atitudes preconceituosas,
discriminativas e egocêntricas podem ser presenciadas constantemente sendo que, na
maioria das vezes, não têm a sua maleficidade percebida.
O mudas de calçada por medo do
negro avistado, os olhares tortos direcionados aos homossexuais e o desprezo
àqueles que possuem necessidades especiais são exemplos de atitudes costumeiras que
embarreiram e atrasam o desenvolvimento e estabelecimento de uma sociedade em que reine a paz e a justiça,
bem como os direitos humanos.
Assim como o veneno de uma cobra
é neutralizado com a aplicação do antídoto composto pelo próprio veneno, a
“cura” para a intolerância é a própria intolerância. Foi por intolerar o
preconceito e a segregação racial (gerados pela intolerância) que Nelson
Mandela reuniu forças para liderar a luta contra o Apartheid e que Martin
Luther King Jr. organizou marchas com os mesmos fins de Mandela e em busca dos demais direitos
civis, como o voto. Da mesma maneira, através da intolerância é que uma
sociedade genuinamente democrática pode ser formada, em que a então utopia da
igualdade, do direito, da honestidade ao invés da corrupção, e do amor, seja
transformada em realidade. Que a intolerância ao intolerável se faça presente.
ótimo texto Livia, vamos praticar a intolerância ao intolerável agora nessas eleições !
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