quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Intolerância ao intolerável


Ao analisar atitudes que habitualmente são tomadas por indivíduos de distintas sociedades, com diferentes culturas, independente da época, observa-se que há um fator por trás dessas que conduz às suas ações: a intolerância.
Foi pela intolerância que Hitler, em meados do século XX, comandou a morte de milhões de judeus, ciganos, soviéticos e todos os demais que não se encaixavam no perfil da chamada raça pura ariana. Da mesma forma, o Apartheid, regime de segregação racial, foi instituído por quase meio século na África do Sul. E é por não tolerar o diferente que, ainda nos dias atuais, atitudes preconceituosas, discriminativas e egocêntricas podem ser presenciadas constantemente sendo que, na maioria das vezes, não têm a sua maleficidade percebida.
O mudas de calçada por medo do negro avistado, os olhares tortos direcionados aos homossexuais e o desprezo àqueles que possuem necessidades especiais são exemplos de atitudes costumeiras que embarreiram e atrasam o desenvolvimento e estabelecimento de  uma sociedade em que reine a paz e a justiça, bem como os direitos humanos.
Assim como o veneno de uma cobra é neutralizado com a aplicação do antídoto composto pelo próprio veneno, a “cura” para a intolerância é a própria intolerância. Foi por intolerar o preconceito e a segregação racial (gerados pela intolerância) que Nelson Mandela reuniu forças para liderar a luta contra o Apartheid e que Martin Luther King Jr. organizou marchas com os mesmos fins de Mandela e em busca dos demais direitos civis, como o voto. Da mesma maneira, através da intolerância é que uma sociedade genuinamente democrática pode ser formada, em que a então utopia da igualdade, do direito, da honestidade ao invés da corrupção, e do amor, seja transformada em realidade. Que a intolerância ao intolerável se faça presente.

sábado, 8 de janeiro de 2011

Alegoria dos Porquês

Acabei de receber um cartão com esse texto...muito válido e muito propício..
Me deixa boba o fato de algumas pessoas completamente distantes conseguirem colocar no papel, de forma clara, tudo o que eu sempre quis dizer. Segue ai então:

"O tempo batia as asas. No mundo dela era sempre noite. Mesmo de manhã, o céu permanecia no mais completo breu. Cansada daquela mesmice, passou a questionar os porquês de sua existência e da origem do mundo no qual vivia. Procurava a lógica dos fatos e se perdia em suas próprias explicações. Uma idéia fixa martelava em sua cabeça: precisava sair dali e descobrir se tudo era sempre daquele jeito ou se lá longe, bem distante, haveria uma outra realidade. E pôs-se a caminhar. Todo chão era pouco perto do desejo que a movia. E então chegou numa das pontas do mundo: tudo continuava a ser sempre daquele jeito e lá longe, bem distante, não havia nenhuma outra realidade. Deu a volta e seguiu obstinada. Quando mais andava mais sentia o “tamanhão” do mundo. De seus pés brotavam calos. O corpo padecia, descascava, transmutava. E os porquês se tornavam cada vez mais audíveis reverberando nos quartos de seu coração. E no que cruzou o sul, o norte, o leste e o oeste do mundo: tudo continuava a ser sempre daquele jeito e lá longe, bem distante, não havia nenhuma outra realidade. Quanto mais andava mais sentia o tamanhinho do mundo. Não havia mais pra onde ir e seu corpo também não suportava mais acompanhar o ritmo frenético dos porquês de sua cabeça. A massa corpórea dela padecia, pipocava, inchava. Achou que fosse morrer naquele instante e quando olhou de volta para si foi que percebeu a transformação. O corpo dela havia crescido tanto que já não cabia em seu mundo. Com toda aquela pressão, o céu foi se rasgando vagarosamente até revelar a luz. Em seu novo mundo era sempre dia. Mesmo de noite, as estrelas garantiam uma luminosidade que ela jamais poderia prever enquanto lagarta andante dentro da caixa de sapato. Agora era diferente. Ela batia as asas."
( Maíra Viana -  Teatro mágico em palavras)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Qual é o Problema?


O que de fato tem acontecido com o mundo? A desordem, a inversão de valores, a maldade e malícia implantada dentre os homens, afinal, todas estas coisas são frutos e são originadas de que?

Na verdade, todas estas coisas são nulas e não existem. Sim, não existem de fato. São apenas definições, assim dizia Albert Einstein. Ele faz esta afirmação ao ser indagado pelo seu professor com a seguinte pergunta: “Se Deus criou tudo, então Deus fez o mal? Pois o mal existe, e partindo do preceito de que nossas obras são um reflexo de nós mesmos, então Deus é mal?”. Einstein então exemplifica: 

-Professor, o frio existe?”
-Que pergunta é essa? Lógico que existe, ou por acaso você nunca sentiu frio?”
Einstein respondeu:                                                 
-De fato, senhor, o frio não existe. Segundo as leis da Física, o que consideramos frio, na realidade é a ausência de calor. Todo corpo ou objeto é susceptível de estudo quando possui ou transmite energia, o calor é o que faz com que este corpo tenha ou transmita energia (...)
Nós criamos essa definição para descrever como nos sentimos se não temos calor.
-E, existe a escuridão?  Continuou o estudante.
O professor respondeu: - Existe.
Einstein respondeu:
-Novamente comete um erro, senhor, a escuridão também não existe. A escuridão na realidade é a ausência de luz.
A luz pode-se estudar, a escuridão não!
Até existe o prisma de Nichols para decompor a luz branca nas várias cores de que está composta, com suas diferentes longitudes de ondas (...)
Escuridão é uma definição que o homem desenvolveu para descrever o que acontece quando não há luz presente.
-Senhor, o mal existe?
O professor respondeu:
-Claro que sim, lógico que existe, como disse desde o começo, vemos estupros, crimes e violência no mundo todo, essas coisas são do mal.
E Einstein respondeu:
-O mal não existe, pelo menos não existe por si mesmo. O mal é simplesmente a ausência do bem, (...) o mal é uma definição que o homem criou para descrever a ausência de Deus.
Deus não criou o mal.
Não é como a fé ou como o amor, que existem como existem o calor e a luz.
O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações.
É como acontece com o frio quando não há calor, ou a escuridão quando não há luz.

A Bíblia afirma em Gênesis 1:27 “E criou Deus o homem à sua imagem: à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou.” Poderíamos questionar, então, que se nós somos imagem e semelhança do único perfeito, criador dos céus e da Terra, porque somos míseros pecadores? Porque há maldade em nosso meio? Já que nós somos a imagem de Deus, seria Deus mau? Não. Deus Criou todo o ser vivente, e após isso, fez o homem, chamado a coroa da sua criação. Só que, assim como hoje, desde o princípio no Éden, com Adão e Eva, a liberdade já havia sido dada por Deus, Ele já havia dado o livre-arbítrio de escolha e decisões. A Bíblia relata isto em Genesis 2:16-18, em que se diz: “E ordenou o SENHOR Deus ao homem, dizendo: De toda a árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal, dela não comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás.” Podemos perceber, desta forma, que Adão e Eva tiveram a oportunidade de obedecer ou não a voz de Deus, porém, as consequências já haviam sido precavidas. Até o momento em que o pecado, ou seja, desobediência das leis de Deus, não havia sido cometido, ainda havia pureza e santidade entre eles, ainda havia semelhança com Deus, (E ambos estavam nus, o homem e a sua mulher; e não se envergonhavam. Gn 2:25). Mas a partir do momento em que Adão e Eva decidem ouvir a voz da serpente e desobedecem a Deus, ambos se envergonham de si mesmo, perdendo a pureza que possuíam (Então foram abertos os olhos de ambos, e conheceram que estavam nus; e coseram folhas de figueira, e fizeram para si aventais. Gn 3:7 / E ele disse: Ouvi a tua voz soar no jardim, e temi, porque estava nu, e escondi-me. E Deus disse: Quem te mostrou que estavas nu? Comeste tu da árvore de que te ordenei que não comesses? Gn 3:10-11). Desde então, pela primeira vez, o homem conheceu o pecado, o erro, a malícia e a impureza. Estas coisas fazem o homem ser diferentes de Deus, estas coisas afastam o homem de Deus. Entretanto, não podemos dizer que a partir deste erro de Adão e Eva todos os homens herdaram o mau, ou que o erro está sobre nós até hoje como um tipo de maldição. 
Lembremos daquele no qual a Bíblia fala que foi o cordeiro que tirou o pecado do mundo: Jesus Cristo. Por que Ele tirou o pecado do mundo, como pôde? Simplesmente pelo fato dele ser o único sem ter pecados. E já que o salário do pecado é a morte, Jesus, que era o único merecedor de Vida, por ser puro e santo, preferiu morrer pelos nossos pecados, e deu a sua vida para que pudéssemos ter vida. Ele morreu a nossa morte, para que vivamos a sua vida (...Eu vim para que tenham vida, e a tenham com abundância. Jo 10:10b). Ele possuía crédito para fazer isso, era o único que podia pagar pelos pecados, já que não os tinha praticado. E de forma que aniquilasse os erros cometidos por todos nós, ele se doou, nos salvando através de sua graça (Mas não é assim o dom gratuito como a ofensa. Porque, se pela ofensa de um morreram muitos, muito mais a graça de Deus, e o dom pela graça, que é de um só homem, Jesus Cristo, abundou sobre muitos. Rm 5:15).                             
 Porém, ainda assim o mundo continua mau, continua ruim, perverso, iníquo, cheio de inversão de valores, e isso é completamente incoerente com o feito. Não faz sentido: Jesus morreu na cruz pra limpar os pecados, e eles continuam aqui. Na verdade, o que acontece é que assim como no começo de tudo, Deus ainda nos dá o livre arbítrio de querermos ou não aceitar o sacrifício de Jesus, e infelizmente, a maioria de nós fazemos com que este sacrifício tenha sido NULO. Infelizmente, a maioria de nós prefere viver uma vida sem Deus, sem Jesus e afastada dele. Este é o ponto. Essa é a resposta para o problema.
 
O mal é o resultado da humanidade não ter Deus presente em seus corações. (Albert Einstein)

Todo o problema em que o mundo vive pode ser caracterizado como uma coisa MÁ. Desonestidade, mentira, corrupção, morte, estupro, preconceitos, criminalidade, assalto, roubos e todas essas coisas são denominadas coisas do mal. “O mal tem invadido a nossa sociedade”. Porém, como vimos no dito de Einstein, o mal é apenas uma definição para a falta de Deus na humanidade. E é exatamente este o problema. As pessoas inverteram a ordem das coisas e tem vivido em um mundo em que a presença de Deus tem sido cada vez mais menosprezada por todos.       
                                                
Mas a causa do problema, para ser esclarecida de forma mais simples, poderia ser dita como a falta de amor. A Bíblia afirma que Deus é amor, então, consequentemente onde não há Deus, não há o amor (Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor. 1Jo 4:8). E é justamente pela falta de amor entre os homens que podemos justificar o mundo e a sociedade de dores em que temos vívido. Pessoas que não tem amor, pessoas que não conhecem a Deus. A falta do amor, a falta de Deus nas pessoas é o que as levam a tomarem atitudes egoístas, onde cada um pensa apenas em si, independente se o próximo será ou não prejudicado. O que importa é que eu esteja satisfeito. Por isso as pessoas roubam, matam, são corrompidas, mentem, faltam com a honestidade, pois as pessoas pensam apenas nelas mesmas e em seus próprios interesses. Por exemplo, a corrupção que rola solta dentre as autoridades políticas. A maioria dos políticos não estão nem um pouco preocupados com quem está passando fome no nordeste, ou com quem está morrendo vítima da criminalidade, o que eles querem é dinheiro, independente de lei ou de qualquer outra coisa. Eles querem status, eles querem bem estar próprio e estabilidade. O amor com a sociedade é quase que inexistente. Não há pensamento em Deus. Da mesma forma, não há amor quando um filho mente para o pai diversas vezes. Não há amor quando há traição em um casamento. Não há amor pela pessoa que pode ser ferida. Não há Deus.
Jesus fala do principio das dores no mundo em Mateus 24, relatando
“E ouvireis de guerras e de rumores de guerras; olhai, não vos assusteis, porque é mister que isso tudo aconteça, mas ainda não é o fim. Porquanto se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá fomes, e pestes, e terremotos, em vários lugares. Mas todas estas coisas são o princípio de dores. Então vos hão de entregar para serdes atormentados, e matar-vos-ão; e sereis odiados de todas as nações por causa do meu nome. Nesse tempo muitos serão escandalizados, e trair-se-ão uns aos outros, e uns aos outros se odiarão. E surgirão muitos falsos profetas, e enganarão a muitos.             
E, por se multiplicar a iniqüidade, o amor de muitos esfriará. Mas aquele que perseverar até ao fim será salvo.”  (Mt 24:6-12)

Ou seja, tudo o que vivemos hoje já era previsto por Jesus. A iniquidade, grande responsável pelo esfriamento do amor entre muitos, nada mais é do que o conformismo com o pecado. O conformismo com o pecado faz com que o amor se esfrie, ou seja, faz com que as pessoas se afastem de Deus, logo, o mundo que se conforma com o pecado, com a desobediência às leis de Deus, não tem como ser um mundo onde haja bondade. O mundo só seria melhor se houvesse a presença de Deus, onde as pessoas respeitassem os mandamentos e as leis de Cristo, que muitas vezes são princípios básicos da moral de um individuo que nem mesmo sabe quem é Deus.

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Um, único

Dos melhores, o perfeito. Dos presentes, o mais constante, o de sempre. De amor, tenho a maior prova. De ajuda, todos os dias, todas as horas. Dos cansáveis, o incansável. Dos sem tempo, o que está ao meu dispor a qualquer momento. É, eu tenho um amigo assim. Um só, o Único.
Ele faz tudo por mim. A diferença deste meu amigo para os outros é que este é incansável. Os meus outros poucos amigos que já me ajudam tanto e que já são tão raros são limitáveis, mas este não. Este me dá tudo o que eu preciso, e ele consegue acertar sempre. Ele sabe o que realmente é minha necessidade, sabe me falar sempre as coisas certas nas horas certas. Me da total atenção, total carinho. Tem o maior zelo comigo. Ele me  entende, mesmo quando nem eu me entendo.
Só tem um problema. O problema sou EU. Eu o desprezo as vezes. Trato-o muito mal em algumas ocasiões. Só falo com ele quando eu quero. Eu sei que este meu amigo me da tudo de melhor, mas mesmo assim eu duvido e desconfio dele em determinados momentos. As vezes acho que ele está me fazendo sofrer pela minha incapacidade de confiar suficientemente na sabedoria que ele possui, que é incomparável com a minha, e acabo o subestimando. Mas por mais que eu faça isso todos os dias, diversas vezes, ele nunca sai do meu lado. Nada que eu faça de errado é suficiente para acabar com o amor que ele sente por mim, nada que os outros façam acabará jamais com o que ele sente por mim, nenhuma circunstância, nada cessará, ele me garantiu isso. Ele sempre fica comigo, nunca me desampara, porque um dia eu quis ser amiga dele e depois desse dia Ele nunca mais saiu da minha vida. Por mais que ele fique triste comigo, por mais que eu erre com ele, o machuque, e eu faço isso sempre, incansavelmente, quando eu vejo o meu erro e peço para ele me desculpar, ele aceita as minhas desculpas na hora.
Na verdade, vou contar uma coisa. O meu amigo não é de carne e osso. Ele já foi, mas  não é mais, pois ele morreu. E eu sou a culpada. Eu o matei. Sim, eu o matei.
Eu o matei porque eu faço tudo errado sempre, eu não tenho noção dos meus erros, e alguém tinha que pagar o preço das minhas falhas, porque são tantas, que a única forma de pagar esta alta dívida seria com a minha vida, então eu não poderia estar aqui. Mas eu tenho um amigo que um dia fez isso por mim. Ele morreu por mim. Ele era o único que poderia fazer isso, pois ele não tinha erros, não era falho, Ele não tinha dívidas a pagar, então tinha créditos para pagar as minhas dívidas, podia se doar, e ele se deu por mim. Morreu a minha morte para que eu pudesse viver a vida dele. O meu amigo me salvou. Foi a maior demonstração de amor que já recebi.

O meu melhor amigo não precisava disso, já tinha a salvação, não seria condenado por nada pois não tinha nada para ser condenado. Ele era filho do Rei, era o próprio Rei.
Mas Ele, o Rei, o filho do Rei, escolheu vir aqui, e entender como é sentir a dor de viver em um mundo como este, em um mundo ruim, de sofrimento, de fome, tristeza, angustia, ódio, e de todas essas coisas que nós estamos cansados de saber que existe e sofrer tudo o que eu sofro, aliás, ele sofreu tudo o que eu não suportaria sofrer, só para me entender melhor e poder dizer "No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo". E de fato venceu.
O mundo realmente não mudou tanto, continua um horror. Talvez por isso um dia eu não tivesse compreendido porque falavam que o meu melhor amigo morreu pra me salvar, pra me dar  uma nova vida, se eu  nem existia quando tudo aconteceu. E se ele morreu pra dar uma nova vida, por que tudo continua ruim? Hoje eu entendo que sou merecedora de morte por tudo que faço,  por todos meus erros, mas como eu aceitei meu melhor amigo como meu salvador eu tenho a vida. Não falo desta vida que todos nós temos, mas falo daquela que é eterna. E esta seria impossível sem o sacrifício do meu melhor amigo.
Esta é a mais importante, e esta Ele me deu a oportunidade de receber a partir do momento em que morreu por mim, em meu lugar. Esta sim, será sem dor, sem sofrimento.
Então me restam duas opções. Reconhecer o sacrifício do meu melhor amigo, e viver a vida dele, mostrando a todos tudo o que ele fez por mim e faz até hoje, sem ter vergonha, e deixando que ele seja visto atravez da minha vida; ou simplesmente esquecer, viver minha própria vida como se todo o sacrifício feito fosse em vão, como se o que ele fez fosse desnecessário ou simplesmente natural, normal.
 Eu escolho mostrar a grande demonstração do meu amigo, é o mínimo que eu faço. Viver a vida dele é o meu melhor modo de vida, é o modo mais certo, mais confiante e sem dor.


Ele morreu, mas está vivo, pois ressuscitou. Não está mais entre nós, mas em nós, se assim o quisermos.

"Quem é que condena? Pois é Cristo quem morreu, ou antes quem ressuscitou dentre os mortos, o qual está à direita de Deus, e também intercede por nós.
Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação, ou a angústia, ou a perseguição, ou a fome, ou a nudez, ou o perigo, ou a espada?
Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou.
Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir,
Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor."
Romanos 8:34-39



quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Quantidade não

Não tenho buscado ter muitos amigos. Na verdade, acho que nunca os tive em montes, não pelo fato de eu não os ter, mas sim, pelo fato de eles não existirem. Sim, não existirem. 
Quando falo de amigos, falo de poucos, falo de um grupo selecionado. Selecionado não por mim. Já tentei assim fazer, alguns eu consegui, mas outros, não. Os que eu tenho vejo como realmente presentes que as vezes não escolhemos, simplesmente são dados. 
Convivemos com muitas pessoas, rimos, conversamos, passamos horas e vários momentos, mas muitas dessas pessoas ainda não se tornam nossos amigos, e sabe o por quê? Pois a amizade é algo que vai além de todos os momentos circunstânciais, é algo que exige cuidado, zelo, confiança, e tudo isso leva tempo, e o mesmo, já vimos que é raro.
Além disso, ser amigo é difícil. Ser amigo não é apoiar o erro como se fosse o certo, mas é mostrar o erro e ajudar a acerta-lo, é apontar os defeitos mas mostrar que as qualidades os superam e que os mesmo são mudáveis, é ser sincero ao ponto de falar a verdade que dói ao invés de ser conivente com a mentira, mesmo sabendo que isso pode custar alguns dias de chateação.
Com muitos eu me divirto, saio, vejo filmes, descontraio, me alegro, sorrio, mas com os meus amigos eu faço tudo isso, porém, com eles, eu sei que posso chorar, ligar a qualquer hora, desabafar as mesmas coisas de sempre, falar as coisas de que me envergonho, confiar, acreditar e contar sempre. E por isso que amigos são poucos, pois poucos são os que estão dispostos a fazerem estas coisas, porque nem sempre as situações são confortáveis.
E é por isso que eu amo os meus amigos com todo o meu coração. Eles se dispuseram a mim, e eu me dispus a eles. É um partilhar de vidas e sentimentos.

"Em todo o tempo ama o amigo e para a hora da angústia nasce o irmão". Provérbios 17:17

 Para os que eu amo:
"You just call out my name, and you know wherever I am I'll come running to see you again. Winter, spring, summer or fall, all you go to do is call and I'll be there, You've got a friend"

Ah, sabe quantos amigos eu tenho? poucos..

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Hoje o tempo voa amor, escorre pelas mãos ...

O tempo... seria este o maior inimigo do ser humano? O que tem acontecido com os dias? Cada vez mais curtos, cada vez menores.
As horas passam mais rápidas, os finais de semana chegam rapidamente, porém, duram segundos. "Antigamente, as horas duravam mais"..realmente, a impressão que dá é que as horas do dia tem diminuído, mas, na verdade, o dia-a-dia das pessoas é que não tem se encaixado nas 24horas que cada nascer do sol nos oferece. A humanidade atual vive em um rítimo tão acelerado, de várias atividades, compromissos, objetivos e competições, nas quais as pessoas não conseguem realizar suas tarefas diárias e acumulam os seus afazeres para o dia seguinte, levando consigo uma preocupação ainda maior de algo que tenha a fazer. E isso tem começado cada vez mais cedo. Não vemos crianças como antigamente. Tão pequenas e já são tão cobradas de responsabilidade e conhecimento. As brincadeiras? Só se forem as virtuais... Contar histórias, brincar na rua, se sujar, não pode! Os adolescentes e os jovens? Nem se fala. Se você quiser ser alguém comprometido e bem visto na sociedade, já era a sua adolescência e a sua juventude, a ralação começa cedo. E digo por experiência própria. Por mais que as pessoas falem que na idade em que temos o que fazemos ainda é pouco, o pouco que fazemos é muito para o que a nossa mente suporta. Do mesmo modo é com os adultos, que deixaram que os momentos mais simples e valiosos de suas vidas escapassem, sem mesmo que eles percebessem o valor da simplicidade, pois estavam ocupados com coisas "mais importantes".

O que acontece de fato é que ninguém tem tempo para nada, a não ser, para si mesmo, digo, para seus próprios afazeres, suas próprias obrigações. Vivemos querendo e buscando sempre mais do que temos, mas esquecemos que o que temos, em valor material e intelectual não é o mais importante. É importante sim, mas não é o mais.
A vida, para ser bem vivida e bem aproveitada, foi criada a fim de ser regida por uma ordem. O ser humano necessita segui-la, para o seu próprio bem estar. Porém, a mesma tem sido alterada. Inverteram a ordem das coisas. Acredito que seja esse o ponto chave do descontentamento do mundo de hoje: a desordem. Famílias cada vez mais desunidas; filhos se afastando dos pais; relacionamentos completamente superficiais; pessoas cada vez mais sozinhas. Nem mesmo nas escolas se tem mais tempo. O que se tem são concorrentes em sala, a relação aluno-professor é apenas de matéria e matéria.
Mas, qual seria a ordem? Deveríamos colocar em primeiro lugar de nossas vidas, Deus, o que tem o poder sobre todas as coisas, pois tudo depende dele,  tudo acontece sobre a vontade dele e ele sabe o melhor para tudo e todos. Depois, tínhamos que cuidar das pessoas: nos preocupar com os que estão ao nosso redor, dar valor, amar, incentivar, ajudar,  se doar; começando pelos que estão dentro de nossas casas. Por ultimo, deveriam vir as coisas: os bens materiais, trabalhos, conhecimento. Coisas que são apenas coisas; coisas que passam. Porém o que se faz, aliás, o que TODOS nós fazemos, é completamente o contrário. Passamos a maior parte do nosso dia buscando, de alguma forma, métodos para nos aprimorar intelectualmente para sermos alguém no futuro, alguém bem sucedido para conseguirmos cada vez mais coisas: coisas melhores, coisas novas, coisas...coisas...e mais coisas.
Isso gasta a maior parte do nosso tempo. O tempo que resta, a gente tenta esquecer das coisas e lembrar das pessoas. Mas o tempo é muito pouco, então você lembra de pouquíssimas pessoas. Isso quando sobra algum tempo, porque quando não sobra, você não lembra de ninguém: as coisas tomaram completamente a sua cabeça.
E Deus, que deveria estar em primeiro plano? Esse daí, Oxi.. Você só lembra uma vez por mês, ou no natal. Ás vezes você fala um "Graças a Deus", mas já virou força do abto. Nem sabemos ao menos porque se quer acreditamos nele. Conhecer? só de nome, porque ler a Bíblia, não dá tempo! Orar, falar com ele? não, não temos tempo!

No entanto, existem determinadas situações em que percebemos que a ordem é verdadeira e somos obrigados a nos render a isso. Tem certos tipos de problemas em que o que era tão grande fica tão pequeno. E você começa a ver o que realmente tem valor; o que realmente faz diferença em sua vida. 
Antes dos últimos três meses as minhas maiores preocupações eram com as minhas notas e com alguns outros trabalhos. Eu tinha que me superar sempre... perfeccionista ao extremo. Tinha que ser a pessoa mais correta nos trabalhos: tudo deveria ser impecável. Entretanto, a vida não está sobre o nosso controle e muitas vezes deixamos de viver por nos prendermos a algumas coisas que nem sabemos se poderemos termina-las. E a minha vida...mudou. Comecei a ter um certo tipo de problema, em que nota, trabalho, organização, tudo isso, ficou tão pequeno, mas tão pequeno que a minha mente não conseguia mais focar nesses aspectos, não cabia mais, não fazia sentido. E então, eu comecei a parar pra pensar em como tudo é realmente superficial. Todo o meu conhecimento, todas as minhas notas máximas e todos os meus trabalhos impecáveis não evitaram a minha dor. Nenhuma roupa, nenhum dinheiro, nenhum bem material me consolavam.
Só havia uma coisa que tinha o poder de me aliviar diretamente. Era Deus, que deve sempre estar em primeiro lugar na minha vida. Ele era o único que conseguia aliviar a minha dor e o meu sofrimento, me passar confiança e a paz de que tudo estava sobre o controle dEle. Consequentemente, haviam as pessoas, aquelas, que eu tanto amo, que sempre riam comigo, naquele momento, elas CONSEGUIRIAM me acalmar.


Então eu decidi que eu vou ter tempo. Eu vou ter tempo para aqueles que estão ao meu lado. Eu vou ter tempo para dar um bom dia. Eu vou ter tempo para ligar no meio da semana e saber como os que eu amo estão. Eu vou ter tempo para conversar com meus pais, com meu irmão. Vou ter tempo para dar atenção. Eu vou ter tempo para rir junto. Eu vou ter tempo para sofrer junto. Eu vou ter tempo para ser alegria. Vou ter tempo para fazer a diferença. Eu vou ter tempo para amar, me doar. Eu vou ter tempo para o meu Deus, para conhecer a quem eu sigo.

Eu vou ter tempo enquanto há tempo. Eu vou fazer o meu tempo dar tempo.

Dedique seu tempo enquanto há tempo, quando não houver mais, você vai querer o fazer, e ai, será tarde!
Faça o seu tempo.

"Hoje o tempo voa amor, escorre pelas mãos, mesmo sem se sentir, e não há tempo que volte, amor"...


"Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma, até quando o corpo pede um pouco mais de alma,a vida não para. Enquanto o tempo acelera e pede pressa, eu me recuso faço hora, vou na valsa, a vida é tão rara. Enquanto todo mundo espera a cura do mal e a loucura finge que isso tudo é normal, eu finjo ter paciência. O mundo vai girando cada vez mais veloz, a gente espera do mundo e o mundo espera de nós :um pouco mais de paciência.
Será que é tempo que lhe falta para perceber? Será que temos esse tempo para perder? E quem quer saber? A vida é tão rara...Tão rara. Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma, até quando o corpo pede um pouco mais de alma, eu sei, a vida não para, a vida não para não..." Paciência - Lenine

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Felicidade, onde encontrar?

A Felicidade é algo que vem sendo buscado diariamente por todas as pessoas, que a procuram em diversos tipos de coisas e situações. Algumas acreditam que há possibilidade de encontra-la nas bebidas, outros, nos diferentes tipos de rocks, talvez nas drogas, no sexo, ou há aqueles, mais conservadores, que procuram encontra-la em conhecimentos, estudos, e ainda, os ambiciosos, que a buscam em dinheiro ou em tipos de bens materiais. Porém, percebe-se pelas características do mundo em que vivemos, que a sociedade como um todo não tem vivido muito feliz. Há uma incoerência terrível que nos cerca. O mundo tem se desenvolvido cada vez mais, as pessoas tem tido mais oportunidades, a curtição do dia-a-dia tem sido total, e mesmo assim, o que se vê são pessoas insatisfeitas com a vida e consigo mesma, problemas nas famílias e um vazio enorme que se esconde por debaixo do peito da maioria de todos os seres humanos. Por que isso? Porque tudo é MOMENTÂNEO. Os rocks duram poucos, e acabam, o sexo, é um prazer que passa e que tem se tornado normal e completamente vulgarizado, as drogas causam uma alegria superficial, o dinheiro, acaba ou nunca é suficiente, o conhecimento a certo modo pode até causar ignorância... tudo é fantasia. O que realmente acontece é que depois do dinheiro, das drogas, dos rocks, da bebida, do seu lindo e fantasioso mundinho, chega uma hora que você volta a ser quem você sempre foi, e quem você nunca vai deixar de ser..aquilo que nunca mudará, a sua essência...e os seus problemas aparecerão novamente, pois nunca foram resolvidos, e sim, empurrados para debaixo do tapetes, por serem grandes demais pra você. As sensações boas de uma vida feliz, quase perfeita, passa, e a realidade vem a tona, e quando isso acontece, a única coisa que resta é você, e apenas isso... E o que tem dentro de você? Ai sim..existe felicidade verdadeira dentro e fixa em você? Ou o que existe é aquele vazio que você não consegue suportar, e precisa de todas essas coisas pra suprir o que você não consegue ter, não consegue ser?
Quando não se tem bebida, quando não se tem show, computador, novela, televisão, filme, dinheiro, é capaz de ter felicidade?
Se você não tivesse tudo o que você tem, e perdesse tudo e todos, seria capaz de ainda assim você ter algum tipo de felicidade, paz e contentamento?
 A felicidade verdadeira só existe quando a vida, de forma geral, está fixada em Deus, pois quando olhamos para ele percebemos que acima de todas as dificuldades e de todas as coisas há alguém no controle. Existem situações que as coisas já não conseguem mais nos satisfazer, e que o mundo já se torna vazio, pois a angústia é tanta e o buraco já é tão fundo. E aí  vemos, que só existe um que pode suprir todo esse vazio e preencher toda essa falta que temos e sentimos. Podemos passar fome, podemos perder quem amamos, podemos perder tudo o que temos, mas temos a felicidade de saber, que essa vida é passageira e muito curta, muito breve, e essa é a verdadeira felicidade, de compreender de que a eternidade está por vir, e essa será sem dor, sem sofrimento, e com uma satisfação COMPLETA! O melhor de Deus ainda está por vir...
Enquanto esta não vem, seguimos felizes e confiando no que diz:

"E sabemos que todas as coisas contribuem juntamente para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito." Romanos 8:28